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Pedro M Teixeira

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Category Archives: Opinião

Perspetiva-se um novo confinamento

09 Sat Jan 2021

Posted by Pedro M Teixeira in COVID-19, Opinião

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discurso de ódio, Pandemia

Múltiplas causas trouxeram-nos aqui:

Os comportamentos de risco que foram potenciados entre outras coisas pelo encanto governamental com a vacinação, a má comunicação de risco em saúde que passou a inexistente, os convívios do Natal e da passagem de ano. A vaga de frio cujo impacto na pandemia não foi devidamente acautelado. A nova variante N501Y que por cá tem sido ignorada e que será responsável pelo aumento significativo do número de contágios, à semelhança do que aconteceu no Reino Unido e na África do Sul.

Confesso-me zangado e indignado com a atuação governamental.

Tem sido feita uma gestão meramente política e não científica da pandemia. Incapaz de melhorar com o erro. A comunicação de risco em saúde à população foi sempre residual e de má qualidade. Dos milhares de lares ilegais ainda nada foi dito ou feito. Esperava uma iniciativa, um plano por parte da segurança social para esta situação crítica. Incompreensível e inaceitável que se ignore o termo ‘ilegal’ num Estado de direito democrático. Possivelmente apenas mais um lapso. Narrativas e semântica. Inação e incompetência.

Inaceitável que o Estado que detém o monopólio de distribuição de vacinas não discuta abertamente quais os critérios de vacinação. Em termos estratégicos a prioridade da vacinação deveria ser aos grupos de maior risco de doença grave (os mais velhos) para aliviar imediatamente o SNS. Os dos lares (legais e ilegais). A arrogância dos decisores políticos a quem foram dadas todas as condições de consenso alargado para atuação competente na gestão na pandemia é vergonhosa.

Dito isto, os próximos dias serão difíceis. Muito difíceis. Estamos todos fartos. Fartos desta pandemia e fartos desta sensação de incompetência – dos políticos, dos cidadãos, dos outros… dos irresponsáveis.

A hostilidade em relação à pandemia, no momento em que nos encontramos, alimenta-se de sentimentos de medo e de raiva face à incerteza. Não apenas da incerteza que enfrentamos sobre o risco de sermos infetados, mas também da necessidade de sermos vacinados sem saber quando, e das consequências sociais e económicas das medidas que serão agora implementadas.

Temos de reduzir a hostilidade, mas não podemos confundir essa necessidade com ausência de contraditório, de discussão aberta sobre os caminhos possíveis e de análise crítica que permita identificar os erros e as soluções. Não podemos silenciar-nos com a ideia que seja pouco patriótico discutir qualidade de dados ou outro qualquer tema. Temos de ser exigentes com quem toma decisões em prol de toda a população.

Temos de reduzir o discurso de ódio. As divisões entre portugueses de bem e ‘os outros’ alimenta o ódio. Temos de assumir que no que toca à pandemia todos somos irresponsáveis. Todos arriscamos mais do que devíamos a dada altura. A infeção é em grande medida decorrente do acaso e pode atingir qualquer um de nós.

Todos somos irresponsáveis.

Os outros começam por ser os pedófilos e os assassinos, depois passam a ser os ladrões e os corruptos, e rapidamente passam a ser os comunistas, os socialistas, os sociais-democratas, os liberais, os defensores dos animais, os que não defendem o mesmo que os ‘portugueses de bem’. E mesmo esses serão rapidamente afastados sempre que não se alinharem com quem manda. As consequências da política feita a partir do discurso de ódio são bem conhecidas na história da humanidade.

Temos de nos focar nas ideias e não nas pessoas. Não são as pessoas de bem versus os outros. São os problemas estruturais da sociedade que conduzem a falhas no sistema judicial. Precisamos de melhorar a justiça e a equidade. Precisamos de alavancar a economia e de criar oportunidades de trabalho e de rendimento digno para a população. Precisamos de discutir soluções e não pessoas. Não pode haver mais ‘Novos Bancos’. Tudo quanto represente um discurso contra pessoas ou grupos de pessoas deve ser imediatamente identificado, denunciado e não tolerado por se tratar de discurso de ódio.

Apelo a que o faças – discute ideias e não pessoas. Não te alheies dos verdadeiros debates que o teu país precisa. Quem adormece em democracia acorda em ditadura. Soe a alvorada.

De que serve obrigar o uso da Stayaway Covid?

17 Sat Oct 2020

Posted by Pedro M Teixeira in COVID-19, Opinião

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Stayaway Covid

 1. Carateriza o risco de forma insuficiente

A App Stayaway Covid assinala a ocorrência passada de um episódio de proximidade a menos de 2 metros e durante cerca de 15 minutos de dois telemóveis através de conexão bluethooth.

Nada diz sobre se as pessoas estiveram sentadas numa esplanada de costas voltadas, se usavam ou não máscara, se estiveram em silêncio a assistir a um espetáculo lado a lado, ou se estiveram a beijar-se o tempo todo. Ou se um dos telemóveis estava algures numa mochila ou pousado numa mesa e as duas pessoas nunca se cruzaram sequer.

Informações importantes para caraterizar o risco de contágio e que apenas podem ser obtidas se existir a indicação sobre quem foi a pessoa infetada com quem houve suposta proximidade, informação que a App não tem como fornecer. O anonimato é assegurado e o risco de quebra de confidencialidade é realmente muito baixo. E, neste caso, isso é uma grande limitação.

Nada diz sobre contactos com pessoas infetadas que:

– não notificam, introduzindo o código (de que serviria obrigar à instalação da App e manter a notificação voluntária!);

– não usam a App (a obrigatoriedade em apenas alguns contextos é uma discriminação inexplicável);

– não tinham consigo o telemóvel no momento do contacto (não somos Cyborgs e os telemóveis ainda tendem a ficar pousados em muitos locais enquanto nos movemos longe deles);

– não foram testadas e contagiaram de forma assintomática (‘Fique longe da COVID num clique’ é o que se pode designar de publicidade enganosa).

O uso obrigatório e massivo traria consigo uma falsa sensação de segurança e um rápido descrédito no sistema de alerta de contágio por todas as insuficiências que apresenta.

Resta saber como seria gerido esse descrédito, silenciando a população? Cortando na liberdade de expressão? Ocultando a incapacidade de gerir o aumento de casos?

2. Orienta o uso de testes de forma indiscriminada

Recebendo a notificação de que houve um episódio de risco nada se sabe sobre esse episódio. Apenas que o telemóvel esteve, a dada altura, durante 15 minutos próximo de um telemóvel de uma pessoa infetada. Como é que esta informação orienta a gestão clínica do caso?

Citando o Luís Antunes: “Deixe-me fazer uma conta muito rápida. Hoje houve 2600 casos, se cada um destes portugueses tivesse a app instalada e durante os últimos 14 dias, por dia, tivesse contactado com 6 outros portugueses que tivessem app amanhã haveria 220 000 alertas de potencial infeção em todos os que tinham a app. Ora, eu questiono-me se a rede de saúde 24 está preparada para receber as chamadas e o que é que vamos fazer a esses portugueses…“

O uso da App de forma massiva tem o potencial de gerar uma procura excessiva por testes, quando o esforço devia ser colocado numa gestão eficiente dos mesmos. Não temos como processar milhares de amostras diariamente de forma indiscriminada, mas podemos orientar de forma eficiente o seu uso através dos médicos de saúde pública. Tenham estes os recursos de que necessitam.

3. Aumenta a desconfiança e pânico na população

A ideia de que uma App pode ser imposta aos cidadãos e o seu uso fiscalizado pela polícia em nome da gestão de um problema que é de saúde pública num estado de direito democrático no ano de 2020 acende um rastilho de desconfiança na população face a quem foi democraticamente eleito para governar o país. Quem não entende isto anda muito desorientado na vida política.

Na incerteza da pandemia, o anúncio da possibilidade de esta ser gerida com recurso a métodos usados em sociedades autocráticas e repressivas despoleta desassossego.

Tal constatação apenas será positiva se a perturbação gerada impulsionar a liberdade de expressar pensamento contraditório e construtivo, que mobilize as comunidades na identificação das suas necessidades e na mobilização de esforços e de recursos para a resolução dos seus problemas.

Como na primeira vaga, não podemos ficar à espera que a orientação chegue quando quem tem o ónus de orientar continua desorientado, façamos a nossa parte – organizemo-nos. 

O impacto psicológico do coronavírus (parte II)

06 Tue Oct 2020

Posted by Pedro M Teixeira in COVID-19, Opinião

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Guerra, Pandemia, Sindemia, Vírus

Fechamos o mês de Fevereiro de 2020 com a incerteza sobre o impacto que o novo coronavírus teria na nossa sociedade à medida que este se aproximava. Tivemos de gerir o fluxo constante de informação que os media debitaram e de dar particular atenção, prestando cuidados, aos mais vulneráveis com distanciamento físico. Vivemos 45 dias de estado de emergência e, globalmente, a sociedade portuguesa suportou e cumpriu estoicamente o que lhe foi pedido.

No entanto, este esforço teve, e tem, custos psicológicos. O desgaste causado pela experiência de stress da pandemia será, na maioria dos casos, reparável, mas requer atenção e cuidados. Vários estudos que foram desenvolvidos neste período dão conta do que precisa de ser feito ao nível da saúde mental. Existem grupos que estão particularmente fragilizados. Além das pessoas que já estavam em situação de vulnerabilidade, acrescem as pessoas que pertencem aos grupos de risco para covid-19 (doentes crónicos e idosos), as que vivem com rendimentos precários e os profissionais de saúde.

Depois da pandemia, a sindemia

A pandemia veio agravar três problemas na saúde das populações: i) aumentou os casos de violência doméstica, pela implementação das medidas de contingência; ii) agravou a dificuldade no acesso a cuidados de saúde a doentes não covid-19, pela realocação de recursos escassos, com grande impacto negativo nas doenças não transmissíveis; e, consequentemente, iii) deixou grande parte da população num estado de exaustão emocional e de desgaste psicológico.

Daí que, actualmente, não temos apenas uma pandemia para gerir, temos uma sindemia, o que requer medidas muito mais abrangentes. Uma sindemia caracteriza-se por uma interacção de agravamento recíproco entre problemas de saúde e o contexto social e económico numa dada população. O problema de saúde (neste caso a pandemia de covid-19) agrava os problemas sociais e económicos e vice-versa numa espiral negativa.

Um olhar atento e comprometido com o bem-estar da população permite identificar um conjunto de medidas estruturais, que passam também pela protecção no trabalho e pela segurança social, cuja ausência condiciona o agravamento do impacto da pandemia na sociedade. Urgem respostas de combate à pobreza com Políticas de Trabalho e de Segurança Social que sejam coerentes e consistentes com o ano de 2020 em que vivemos e que façam uma actualização do que a década de 90 implementou.

Políticas que sejam transversais a toda a sociedade e que encerrem de vez a percepção de que existem trabalhadores com toda a protecção e trabalhadores sem protecção nenhuma. Ou, ainda, a ideia de que centenas de lares ilegais, de que as notícias dão conta, são algo que toda a gente sabe que existe e continuará a existir sem que o termo ‘ilegal’ faça lembrar que vivemos num Estado de Direito Democrático. É importante que se discuta o hidrogénio para o futuro estratégico do país, mas será incompreensível que não se discuta isto também.

Da adequação das medidas e das teorias da conspiração

A origem do vírus, e a forma como este se espalhou pelo mundo, permanece algo dúbia e, ainda que existam evidências que sugerem não se tratar de algo fabricado laboratorialmente, não existem ainda estudos que permitam descartar em absoluto o seu uso intencional como arma biológica. Estes ‘vazios’ são rapidamente preenchidos por teorias da conspiração na Internet alimentadas pela suspeição face a personalidades como Bill Gates que, tendo feito fortuna na informática, tem feito enormes investimentos nos últimos anos na área da saúde e da vacinação.

Assim, crescem movimentos que negam a perigosidade do vírus e que alegam que as medidas de saúde pública, como o uso de máscara comunitária, são uma tentativa de controlar e oprimir a população e de lhes impor uma vacina que lhes fará mais mal que bem.

O vírus é real e temos de lidar com a sua existência. Da adequação das medidas tomadas face à sua perigosidade só poderemos aferir muito mais tarde e será impossível saber como teria sido caso as medidas fossem outras, apenas comparar com o que outros países fizeram. Contudo, é essencial que se identifiquem erros e que estes sejam devidamente analisados para que daí se retire conhecimento a implementar nas próximas medidas. Esta é uma premissa do raciocínio clínico e, a esse nível, felizmente a abordagem a casos covid-19 é actualmente mais informada e eficaz do que era em Março de 2020, quando apareceram os primeiros casos em Portugal.

Sabemos que o uso das máscaras ajuda a diminuir os contágios e as vacinas são um dos grandes avanços de conhecimento científico da humanidade que têm permitido salvar vidas. Não vivemos numa sociedade que apenas assegura direitos e liberdades individuais, também requer de nós um conjunto de deveres e o de defender e promover a protecção da saúde é um deles – “todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover”, n.º 1 do art. 64.º da Constituição da República Portuguesa. Façamos a nossa parte.

É fundamental que não nos seja ocultada informação e que se permita um escrutínio independente das decisões tomadas tanto no plano político, como no plano técnico-científico. Num regime democrático é expectável que o governo governe e que a oposição se mantenha activa no contraditório, de forma construtiva. Uma pandemia não é uma guerra. Daí que seja positivo que, ao menos, saibamos agora quem são os especialistas que informam os decisores políticos. As analogias podem ser muito úteis em comunicação, mas também podem ser redutoras, enganadoras e limitadas.

Afirmar que estamos ‘em guerra com o vírus’ é bastante desadequado. As palavras moldam a forma como desenvolvemos a percepção da realidade que vivemos. Associadas às palavras estão significados, memórias e emoções que nos influenciam. Instala-se o desânimo e a apatia ou renovam-se forças e ergue-se a esperança. As palavras são importantes. A forma como as utilizamos também o é. Não é possível intimidar ou desencorajar um vírus. De que serve afirmar que estamos em guerra com ele?

Precisamos de alerta e prontidão, mas temos de diminuir a hostilidade e a desconfiança. Precisamos de filtrar a quantidade imensa de informação que circula, mas não podemos confundir isso com censura e falta de transparência. Precisamos de gerir a incerteza e o desconhecido, mas não devemos permitir que sobre assuntos relevantes se instale o silêncio – os ‘vazios’ serão rapidamente preenchidos. Uma pandemia não é uma guerra.

O futuro incerto

Entramos agora no mês de Outubro com a perspectiva da segunda vaga. É impossível determinar a dimensão dessa vaga, mas é estimável que o número de casos possa ser dois a três vezes superior com a chegada do Inverno.

A maioria dos casos na segunda vaga serão moderados e não requerem internamento, pelo que serão encaminhados para isolamento em casa. As famílias deverão preparar-se para acolher situações em que um membro da família está infectado e, consequentemente, toda a família tem de ficar em casa. E ainda situações em que um elemento da família, por contacto directo com alguém infectado, na escola ou no trabalho tem de ser testado e permanecer em casa por precaução. Esta dinâmica irá causar disrupção na vida das escolas, das empresas e das famílias. E, apesar de ainda ninguém nos ter dito isto, temos de nos preparar e adaptar. Quando não podemos mudar a direcção do vento, resta-nos reajustar as velas.

As limitações devidas à pandemia obrigam a menos deslocações, a menos consumo e a economia retrai-se. Muitas pessoas perderam o emprego/trabalho ou estão na perspectiva de o perder. O número de casos covid-19 aumenta com a chegada do Inverno e a sua gestão trará novos desafios aos serviços de saúde e à população. Há rumores de conflitos crescentes e de novas guerras frias e quentes a estalar pelo mundo. O futuro parece agora bastante incerto.

É normal sentir medo e ansiedade face a toda esta incerteza. Estranho seria não o sentir. As emoções podem apoderar-se de nós e é importante reconhecer que é expectável e normal que elas surjam. Temos é de as controlar e não deixar que sejam elas a controlar-nos. Procurar analisar e compreender o estado emocional que vivenciamos é o primeiro passo para as controlar.

As palavras que usamos também condicionam a forma como pensamos e sentimos algo. Não falemos de distanciamento social, falemos de distanciamento físico. Não pensemos em isolamento, pensemos em protecção. Não nos foquemos na crise, mas antes em oportunidades. Esta não é a altura para nos fecharmos e isolarmos. Temos de manter os contactos sociais e de falar abertamente com quem nos é próximo sobre o que nos preocupa e sobre como podemos lidar com isso.

Esta não será a altura para desistir e ceder à incerteza ou ao medo. Não será a altura de alinhar rapidamente com discursos radicalizados e de conspirações que, de vez em quando, ‘dizem umas coisas acertadas’. Até um relógio parado está certo duas vezes ao dia e nem por isso serve. Importa não esquecer que coragem não é sobre a ausência do medo, antes sobre a capacidade de fazer o que precisa de ser feito apesar do medo. Não podemos controlar o futuro, mas podemos controlar a forma como lidamos com ele.

Hoje no Jornal Público

Terapêuticas não convencionais

19 Fri Jul 2019

Posted by Pedro M Teixeira in Opinião

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Evidência, Politics

Sobre “terapêuticas não convencionais”, tendo por base a melhor evidência científica, apenas se pode dizer o seguinte: não existem; não são terapêuticas.

Isto ter sido aprovado na Lei de bases da Saúde em Portugal em 2019 é tão estranho quanto uma Lei de Bases da Aviação que regula sobre a ‘aviação não convencional’ o que inclui: elefantes voadores, unicórnios, transporte de bebés em cegonhas ou redbull.

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Research on self-treatment of “writer’s block” – a timeline critical appraisal

05 Fri Oct 2018

Posted by Pedro M Teixeira in Escrita científica, Must read, Opinião, Research

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Fun Stuff, methods

Research on the self-treatment of ‘Writer’s Block’ is vast and diversified. You might enjoy reading these articles, they are a fun and fast read. Please, do pay attention to the notes on them. My critical appraisal on the research about ‘Writter’s Block’ may be found at the end of this post.

1974 – the classical CASE REPORT by Dennis Upper:

  • Upper, Dennis (Fall 1974), “The unsuccessful self-treatment of a case of “writer’s block””, Journal of Applied Behavior Analysis, 7 (3): 497, doi:10.1901/jaba.1974.7-497a PDF Here

1983 – a REPLICATION study is performed by Molloy:

  • Molloy, G. N. (1983). The unsuccessful self-treatment of a case of “writer’s block”: A replication. Perceptual and Motor Skills, 57(2), 566-566. PDF Here

1984 – a new REPLICATION, however it partially failed, by Hermann:

  • Hermann, B. P. (1984). Unsuccessful self-treatment of a case of “writer’s block”: a partial failure to replicate. Perceptual and Motor Skills, 58(2), 350-350. PDF Here

1984 – a first REVIEW OF THE LITERATURE on the topic. Still, it was a narrative literature review, we have to wait until 2014 for the first systematic review and meta-analysis

  • Olson, K. R. (1984). Unsuccessful Self-Treatment of “Writer’s Block”: A Review of the Literature. Perceptual and Motor Skills, 59(1), 158–158. doi:10.2466/pms.1984.59.1.158 PDF Here

1985 – a CLINICAL TRIAL by Skinner:

  • Skinner, N. F., Perlini, A. H., Fric, L., Werstine, E. P., & Calla, J. (1985). The Unsuccessful Group-Treatment of “Writer’s Block”. Perceptual and Motor Skills, 61(1), 298-298. PDF Here

1996 – a COHORT study by Skinner:

  • Skinner, N. F., & Perlini, A. H. (1996). The unsuccessful group treatment of “writer’s block”: a ten-year follow-up. Perceptual and motor skills, 82(1), 138-138. PDF Here

2007 – a MULTICENTER REPLICATION study, an attempt to address statistical power issues by Didden:

  • Didden, R., Sigafoos, J., O’Reilly, M. F., Lancioni, G. E., & Sturmey, P. (2007). A multisite cross‐cultural replication of upper’s (1974) unsuccessful self‐treatment of writer’s block. Journal of applied behavior analysis, 40(4), 773-773. PDF Here

2014 – an evidence synthesis in a META-ANALYSIS by McLean:

  • McLean, D. C., & Thomas, B. R. (2014). Unsuccessful treatments of “Writer’s Block”: a meta-analysis. Psychological reports, 115(1), 276-278. PDF Here

Captura de ecrã 2018-10-05, às 16.11.03

McLean, D. C., & Thomas, B. R. (2014). Unsuccessful treatments of “Writer’s Block”: a meta-analysis. Psychological reports, 115(1), 276-278

 

After systematic and iterative readings on the ‘Writer’s Block’ scientific literature my critical appraisal is

 

 


If you have updates on this topic, please let me know

Acknowlegements: to Professor Pedro Lopes dos Santos and Professor Isabel Menezes for sharing with me several ideas on “Writer’s Block” and useful literature about it. I would like to say to them tha

 

 

 

Luto pela ciência

03 Tue Jul 2018

Posted by Pedro M Teixeira in Opinião

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Serei bastante claro: quando digo ‘luto’ não me refiro ao substantivo, estou mesmo a conjugar o verbo. Digo que luto pela ciência e digo-o porque é necessário lutar pela ciência em Portugal. É estranho que seja assim, mas é.

  • Portugal nunca foi um país de ciência.

Sim, Coimbra é das Universidades mais antigas da Europa. Remonta ao século XIII, nascida em Lisboa, é transferida para Coimbra no século XVI. Nesse mesmo período abre portas a Universidade de Évora. Entretanto, na vizinha Espanha abrem portas, durante o século XVI, catorze novas Universidades. Catorze!

Estima-se que no início do século XX, quando abrem portas as Universidades do Porto e de Lisboa, estudavam cerca de 1500 estudantes na Universidade de Coimbra e apenas 25% da população ativa sabia ler e escrever. A Finlândia tem desde o século XIX 95% da população ativa a saber ler e escrever. Portugal atingiria essa mesma marca de desenvolvimento social em 2008. Sim, já no século XXI.

Na década de 90, do século XX, Mariano Gago, enquanto Ministro da Ciência e da Tecnologia, dinamizou um conjunto de políticas que permitiram a Portugal desenvolver recursos humanos e centros de investigação de qualidade a nível Europeu em várias áreas cientificas e tecnológicas. ‘Massificou-se’ o Ensino Superior. Tive o enorme privilégio de ser bolseiro de Doutoramento da FCT graças a essas políticas visionárias.

Contudo, nos últimos vinte anos a falta de visão e de estratégia política para a ciência em Portugal degenerou numa FCT Kafkiana. Portugal não tem uma agência de financiamento de ciência e tecnologia capaz de fornecer o que o país necessita:  consistência, transparência, seriedade.

  • Vivemos numa era de Manifestos

Em Maio de 2018 vários cientistas, reconhecidos em diversas áreas, elaboraram um Manifesto apontando falhas e solicitando soluções urgentes para a ciência portuguesa. O inesperado aconteceu: o cidadão cientista Manuel Heitor também subscreveu o manifesto. A expectativa foi grande. A desilusão não tardou, o ministro ‘centeno’ Manuel Heitor nada fez que dignifique o conteúdo subscrito.

A precariedade laboral na sociedade portuguesa enquistou de tal forma que se tornou a norma. A não existência de vinculo laboral caracteriza agora as relações laborais e em ciência, tal como nas empresas, isto tem custos associados. Já ninguém se preocupa em apagar a luz quando sai. O que parte, partido fica. Os melhores emigram a cada dia que passa. A mediocridade está a tomar conta das instituições. Um outro Manifesto apela às instituições que mudem de rumo em direção ao mérito científico e pedagógico.

Em Janeiro de 2017, Foi publicado na Nature um Manifesto que defende a melhoria da fiabilidade e da eficiência do processo de investigação científica. Problemas de ausência de transparência no financiamento ou de meritocracia não serão um exclusivo português, no entanto, não é disso que este texto fala. O sistema de produção e de disseminação científica está em crise e discutem-se atualmente formas de o melhorar metodologicamente. Este artigo discute ciência, não a política de financiamento ou de contratação.

Cá, por terras lusas, a crise parece ser ontologicamente distinta. O meio académico ainda não foi capaz de integrar os seus goliardos, que aparecem tardiamente no século XXI sob a designação de bolseiros. Ironicamente, os diretores e reitores são agora empossados ao som de Gaudeamus igitur!

  • Luto pela ciência

Não me surpreende que hoje um grupo de investigadores tenha virado as costas ao primeiro ministro durante o seu discurso. Nos últimos vinte anos políticos, reitores e diretores têm, ativa ou inativamente, contribuído para o estado negligenciado e deteriorado da ciência em Portugal. Estoicamente alguns, poucos, centros de investigação produzem ciência em Portugal. Orgulho-me de estar integrado num deles.

Escolhi fazer ciência. Como eu, muitos outros. Amanhã e depois faremos o que escolhemos e sabemos fazer, por isso, lutaremos pela ciência em Portugal. Não se enganem, não estamos de Luto, estamos em Luta.

happy to be 41

20 Wed Dec 2017

Posted by Pedro M Teixeira in Opinião

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and still, this is the best time to be alive, ever!

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